"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". Mateus 11. 28-30
A vida sobrecarrega. Levamos fardos naturais do dia a dia, ou outros que por teimosia insistimos de carregar. Todo ser humano tem suas preocupações diárias, outras vezes a vida nos trás lutas e sofrimentos imprevisíveis: a vida é assim, ela nos trás ocorrencias imprevisíveis: doenças, perdas de pessoas queridas, dificuldades financeiras, perda de emprego, casamento desfeito, decepções amorosas, problemas com filhos, problemas familiares diversos. Alguns muito graves e outros até mesmo impossiveis.
E carregamos esses fardos pesados pela vida e chega um momento que cansados nos curvamos.
Carregamos fardos de ressentimentos, rancor, ódios, rejeições, de iras contidas e outras incontidas. Carregamos fardos de ser alguém, de superar-se, fardos de poder, fardos de glória, fardos de superar nossa auto estima baixa, nossas carencias e ansiedades.
Carregamos fardos de colocar nosso tesouro naquelas coisas que parecem e desesperadamente queremos mante-los em dentrimento daqueles que nos enriquecem espiritualmente.
Carregamos fardos de uma espiritualidade performática, que só existe "para fora", enquanto dentro de nós infernos existenciais de ressentimentos, ódios, rancores, matam pessoas ao nosso redor e vivemos uma mascara de santidade, com muita atividade eclesiástica, assiduidade aos cultos, mas, o coração fechado ao mandamento essencial: Amor o próximo. E para dizermos que amamos o próximos, amamos o estranho, as causas sociais, o "distante", mas, não amamos aqueles que dividem o mesmo teto que nós. Religião farisaíca.
E andamos por aí curvados, o coração aflito, e cheio de cansaço.
Carregamos responsabilidades, carregamos fardos alheios, carregamos fardos que inventamos por nossa imprudencia. E nos cansamos e chegamos ao ponto de não poder andar mais.
Mas, Jesus convida: Venha até a mim.
Observe: venha até a mim. Jesus sempre faz convites que depende da nossa vontade, do nosso querer. Há pessoas que amam "seus fardos", eles são desculpas muito boa para o comodismo, vitimismo, cinismo de seu viver.
Então Jesus desafia. Venha até a mim. Tome sua decisão. Ou você carrega esse fardo ou vem até a mim e no ato de vir, entregue, não volte com seu fardo, o deposite aos meus pés.
Assim sendo eu lhe aliviarei.
Mas, Jesus vai além e diz: tome sobre você o meu jugo, porque meu fardo é leve.
Qual o jugo de Jesus? Que fardo é esse? Amor.
Amor que perdoa. Amor que crê, apesar das circunstancias. Amor, que descansa na bondade do Pai, mesmo que tudo pareça perdido. Amor que acolhe. Amor que submete o Eu a Vontade do Senhor. Amor que se lança aos pés do Senhor no desamparo. Amor, que não teme a morte porque ela enfim é o encontro com o amado. Amor que aceita a Vontade de Deus mesmo que não seja a nossa. Amor, que se mantem mesmo quando tudo que queremos não é alcançado. Amor quando falta o dinheiro. Amor, no momento em que o barco atravessa a tempestade. Amor, onde somente há trevas a nossa frente. Amor, mesmo ladeando o abismo.
E assim, carregando o fardo, o jugo do Amor, encontraremos descanso para nossas almas. E Paz.
Hoje, nesse boa noite lhe convido a lançar seu fardo aos pés da Cruz, lhe convido a aceitar o desafio e receber o descanso merecido.
Que o Senhor nos ajude a n'Ele descansar e a nos livrar dos fardos que nos curvando fazem com que não contemplemos a face do nosso Senhor. Boa Noite!
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