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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

MULHERES DE MARA II




"Pois vejo que estás em fel de amargura, e em laço de iniquidade". Atos 8:23
Jesus ensinou que a boca faça do que o coração está cheio. Nossas palavras, o nosso falar denuncia aquilo que vai dentro do nosso coração, muitas vezes sentimentos despercebidos, escondidos, reprimidos, outros que já se instalaram em nós de tal forma na nossa alma que eles direcionam o nosso olhar para a vida e para o Outro, ou seja, como percebemos a vida, o dia a dia, o Outro ao meu lado, as lutas, as vitórias e por fim esse olhar continua a alimentar nosso coração e nossa boca jorra fel ou mel...
Uma vez escrevi sobre Mulheres de Mara, em que contava sobre uma mulher amargurada pela vida e suas atitudes agressivas. Quero falar novamente de Mulheres de Mara, de mulheres amargas que o seu falar é sempre uma agressão.
Elas sempre encontram defeitos nos Outros, elas sempre criticam os Outros, elas sempre tem algo para falar mal de alguém e se tem algo para falar mal de alguém, denegrir e diminuir o Outro é porque se percebem melhor do que as demais pessoas.
Por isso na primeira oportunidade ela humilhará alguém com suas palavras, como tenta humilhar com suas atitudes, uma soberba indisfarçável que alimenta um ego na verdade cheio de uma auto estima baixa.
Mulheres assim criam ambientes negativos ao seu redor, as pessoas se afastam ou mesmo não gostam dela, não dá para gostar de fel!
Tem cura para amargura? Sim. O Evangelho, Cristo e o seu Amor. E quando essa mulher de Mara é uma evangélica? Ela pode ser evangélica, religiosa, igrejada, mas, não conhece o Evangelho que cura e liberta a alma e trás a pacificação do ser e adoça a vida, ilumina o olhar e faz com que a nossa fala não sejam flechas cheias de veneno, mas, palavras de cura para o Outro.
Você está amargurada? Essa pergunta vale para mim também. O que tem sido constante no seu falar? No meu falar?
Você parou um instante para ouvir a si mesma? Será que tenho parado para ouvir a mim mesma? É preciso!
Preciso me ouvir e colocar meus sentimentos diante Daquele que tudo vê, tudo sabe, tudo entende e tudo cura.
Preciso que meu coração seja inundado pela doçura do Espírito Santo de Deus, que me liberta, me pacifica, me adocica.
É preciso ser honesta consigo mesma, não se esconder nos rituais e tradições religiosas, nem nos ativismo eclesiástico que "fazem a gente se sentir bem com Deus", nossa capacidade para nos esconder atrás da moita é muito grande.
É preciso coragem para se enfrentar e ficar nua diante de Deus, de fazer a oração: esquadrinha meu coração e vê se há um caminho mal e guia-me pelos caminhos eternos.
É preciso parar. É preciso silenciar. É preciso ouvir o coração. É preciso ouvir-se e humilhar-se diante de Deus: Senhor tem misericórdia de mim e derrama na terra seca e árida que se tornou meu coração as Águas Vivas que correm do teu Trono de Glória!
Pare. Silencie. Ouça-se. O que tem falado a tua boca?

Candida Maria Ferreira da Silva

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